A revista norte-americana Alternative Press publicou uma matéria sobre Hayley Williams no dia de seu aniversário tratando de temas como empoderamento, feminismo e como Hayley influenciou outras mulheres no mundo da música. Confira abaixo a matéria traduzida:

No Dia Internacional da Mulher deste ano, Chrissy Constanza do Against The Current compartilhou uma nota sincera agradecendo Hayley Williams por ser uma inspiração em sua vida.

“Ela me mostrou que é OK garotas ficarem com raiva. É OK garotas serem poderosas, liderarem, comandarem, conqusitarem”, a cantora escreveu. “Os tempos mudaram, as cores do cabelo mudaram, a música mudou, mas o espírito empoderador nunca mudou.”

“Eu não sabia como era ser uma vocalista. Como comandar o lugar. Eu não sabia como permitir a mim mesma ser empoderada. Eu não era legal, não era poderosa, não era uma líder.
Hayley mudou isso. Ela me mostrou que é OK garotas ficarem com raiva. É OK garotas serem poderosas, liderarem, comandarem e conquistarem. É OK derrubar a porta e pisar naquela placa implícita que diz “garotas não são permitidas”. É OK apoiar algo. É OK ser você mesma quando todos te dizem como você deveria ser, como uma garota deve ser.
Os anos mudaram, as cores do cabelo mudaram, a música mudou, mas o espírito empoderador nunca mudou. Ela me inspirou há 7 anos, no dia em que eu ouvi o Riot! pela primeira vez, e continua me inspirando todo dia desde então.

Obrigada por tudo @yelyahwilliams, nós nunca nos vimos, mas você mudou tudo pra mim! #ElaMeInspira”

O que Constanza postou é, de alguma forma, um sentimento compartilhado por muitas mulheres nesse cenário, musicistas ou fã: Hayley é uma inspiração para todos nós.

Por muito tempo, ela foi o único exemplo. Era Hayley quem admirávamos enquanto descobríamos nosso lugar no cenário musical. Sua posição como vocalista em uma das bandas mais bem sucedidas do cenário nos ensinou que mulheres não são apenas assunto de letras insignificantes, que o lugar de uma garota não é apenas entre os ouvintes torcendo pelos homens.

Lindsey Jordan, da Snail Mail, relembra o momento em que viu Paramore pela primeira vez ao vivo. “Eu tinha oito anos de idade e, antes de vê-los, eu não sabia que mulheres podiam estar em bandas”, ela conta à AP. “Minha irmã me levou ao show e foi aí que eu decidi que também queria estar numa banda.”

Apesar dela estar se tornando uma inspiração para jovens mulheres ela mesma, Lynn Gunn também admirava Hayley. “Eu sou uma grande fã de Paramore, e eu conheci Hayley e ela me disse algumas coisas muito legais e nós tivemos uma boa pequena conversa”, a vocalista de PVRIS respondeu quando perguntada sobre seu momento favorito durante o APMAS de 2015. “Aquilo foi mágico. Ela é incrível.”

Eu adoraria dizer que o sucesso de Hayley instantaneamente abriu um espaço para toda mulher ser ela mesma dentro da comunidade da música, mas isso seria uma mentira. O que aconteceu primeiro foi que todas tivemos que ser exatamente como ela, se quiséssemos um lugar. Não que não achemos Hayley incrivelmente legal – se você der uma rápida olhada no site da AP, você vai achar mais do que uma história sobre como se vestir como ela. Mas não é isso, não é?

Ela não é o rosto das mulheres no cenário; somos todas diferentes. Ela não é um exemplo do que deveríamos fazer, ou como deveríamos parecer. Lynn Gunn, Jenna McDougall, Tay Jardine, Chrissy Constanza, Sierra Kay, Juliet Simms ou qualquer outra vocalista que você consiga imaginar, não são Hayley Williams – e não deveriam ser.
Independente do que nos disseram sem parar, nosso cenário tem espaço suficiente para um bocado de mulheres bem sucedidas e constantemente comparar todas as bandas lideradas por mulheres ao Paramore não as faz nenhum bem.
Hayley está longe de ser a versão final de bandas lideradas por mulheres no nosso cenário, mas ela é fonte de inspiração para várias mulheres, adolescentes e garotas.

Tome como exemplo todas as diversas vezes em que Hayley teve que se justificar sobre a letra de Misery Business. Nós já sabemos que Hayley era jovem quando a escreveu e que não se identifica mais com a letra. Nós aprendemos isso na primeira vez que um jornalista perguntou sobre; as outras cem vezes em que ela foi perguntada foram apenas puro sexismo. Por que Panic! At The Disco não foi perguntada sobre aquela letra de “I Write Sins Not Tragedies”? Por que não nos perguntamos sobre “Me vs. Maradona vs. Elvis” da Brand New? Hayley teve que lidar com um monte de merda e sexismo ao longo dos anos, mas ela sempre passava por cima disso tudo. Apenas veja como ela respondeu às críticas sobre a letra:
“… e essa é a parte divertida sobre crescer numa banda com qualquer nível de sucesso. As pessoas ainda têm meu diário. O passado e o presente. Toda a parte boa E ruim e embaraçosa disso! Mas eu não tenho vergonha. Uma coisa que agradeço mais do que qualquer coisa é que todas as minhas experiências – incluindo meus erros – me moldaram e me fizeram alguém que fico mais feliz em ser. Nas canções e na vida. É sempre um pouco estressante  trazer vocês junto nessa caminhada mas quando eu dou um passo para trás e penso sobre isso… é meio que uma grande honra que alguém se importe, em primeiro lugar. Ou seja. Sou uma pessoa de 26 anos. E sim, uma feminista com orgulho. Apenas, talvez, só não perfeita? Obrigada por ler isso.” — Hayley Williams escreve em seu blog em 2015

Quando olhamos para Hayley vemos uma pessoa empoderadora. Ela não é apenas a vocalista de uma banda nomeada ao Grammy, ela é uma empresária nomeada na lista das 30 abaixo de 30 pela Forbes graças à sua marca de tintas veganas para cabelo (GoodDYEYoung venceu o prêmio Melhor Tinta Vegana para Cabelo durante o Peta’s 2017 Libby Awards). Ela é imperfeita e também é uma pessoa que não tem medo de mostrar seu lado vulnerável, nos deixando saber que é OK passar por dificuldades.

Nós nos relacionamos com suas letras, de “We Are Broken” do Riot! até “26” do After Laughter”. Nós compreendemos quando ela falou sobre suas espinhas e sobre o que aprender sobre feminismo significa.

Nos 12 anos desde o álbum de estreia de Paramore, All We Know Is Falling, nós temos visto as mudanças e evolução da cantora. Nós sempre lembraremos suas diferentes cores de cabelo e suas composições poderosas, mas, é pelas ações de Hayley Williams que nós aprendemos: nós podemos fazer qualquer coisa que quisermos fazer e ser quem quer que quisermos ser.

 

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