Lançando um novo EP e retornando à sua antiga banda. A vida é um turbilhão de sentimentos para a HalfNoise neste momento.
Zac Farro nunca se sentiu tão criativo e tem planos para crescer novamente com o Paramore. O que podemos esperar de 2017? Muita, mas muita música!

Em entrevista para o portal The Line Of Best Fit, Zac revelou detalhes sobre o lançamento do aguardado quinto álbum de estúdio do Paramore e também sobre seguir carreira em duas bandas ao mesmo tempo. E, SIM, o álbum está pronto!

“Me desculpe, eu não sou bom respondendo perguntas de forma resumida. Eu poderia abrir um enorme dicionário de respostas.”. Diz Zac Farro, rindo da própria resposta.
Lançando um novo EP com a HalfNoise, o músico e, novamente, membro do Paramore, se depara com um mundo de possibilidades à seus pés – e são apenas 11hr da manhã.
“Eu estou apenas começando minha manhã aqui em Nashville, eu geralmente acordo e levanto mais tarde.”.

Nos últimos seis meses, Farro lançou um álbum em seu projeto solo, entrou em turnê pelos Estados Unidos e Reino Unido, retornou ao Paramore para fazer um novo trabalho em estúdio e agora está iniciando o lançamento de um novo EP com a HalfNoise. Isso seria o suficiente para deixar qualquer um cansado só de pensar em todas essas tarefas, mas Zac tem muita energia. Além disso tudo, ele parou por um tempo para nos receber e conversar sobre os últimos acontecimentos incríveis em sua vida.

Da última vez que nos encontramos, estávamos no Best Fit Forecast, onde você fez o seu primeiro show em Londres com a HalfNoise. Como foi?
Sim! Foi algo realmente divertido. Foi incrível fazer parte do Line Of Best Fit Festival. Havia muita gente bacana envolvida. É sempre muito bom estar em frente à pessoas que normalmente ouvem sua música. Foi uma experiência interessante. Fizemos outro show em Londres; o nosso próprio show fora do festival. Fazer parte disso foi uma oportunidade incrível.

O que você tem feito desde então?
2016 foi um ano louco. Lançamos ‘Sudden Feeling’ – e essa foi uma das coisas principais. Ao longo do caminho, meus antigos parceiros do Paramore me convidaram para tocar bateria em seu quinto álbum. Eles amam o que estou fazendo na HalfNoise, é claro. Obviamente estar em duas bandas parece ser uma missão pesada, mas… tem sido incrível. Houve um período perfeito em que eu não estava em turnê com a HalfNoise, ou fazendo qualquer outra coisa. Então eu entrei em estúdio com eles e gravamos o quinto álbum e isso acabou revivendo a nossa amizade. Foi simplesmente incrível sair com eles e trabalhar juntos novamente. Enquanto estávamos em estúdio eles me perguntaram se gostaria de voltar à banda.

É claro que, retornar ao Paramore significa entrar em turnê, gravar videoclipes, lançar um álbum e todas essas coisas. E eu sei, do fundo do meu coração, que sou muito apaixonado pelo meu projeto solo. Não quero que as pessoas pensem que eu estou jogando fora os últimos cinco, ou seis anos, que estive construindo a HalfNoise, apenas por estar retornando ao Paramore. Estar com eles me ajuda muito e me torna livre para ser realmente criativo.
Estive compondo todo o tempo em que estivemos em estúdio. Estou sempre compondo. Além disso, o tempo que passo sozinho se resume em criar e fazer música.

Já faz seis meses desde o lançamento de ‘Sudden Feeling’. Qual foi o retorno desse projeto?
Eu realmente não sabia o que esperar. HalfNoise tem sido um projeto musical em que estive trabalhando sozinho por algum tempo – apenas com a ajuda de alguns produtores, quando preciso. Estive criando EPs, compondo e gravando músicas, mas até ‘Sudden Feeling’ se tornar real, eu não tinha pretensão de seguir em frente de verdade. Tenho dois managers incríveis que toparam fazer parte desse time e fizeram coisas que eu não conseguiria sozinho. Sou muito grato por isso. É muito bom ver essa equipe trabalhando com a HalfNoise, levando música para as pessoas – muito mais do que eu poderia fazer sozinho.

Quando você começou a trabalhar no novo EP da HalfNoise?
No final do ano passado, eu e meu empresário sentamos para conversar assim que eu cheguei de uma turnê e um pouco antes de iniciar a do Reino Unido. Ele falou assim: “você vai sair em turnê pelo Reino Unido, depois você voltará e fará várias coisas com o Paramore… eu acho que você deveria gravar um EP, por exemplo.”.

Eu estava esperando que ele dissesse para gravar mais ou menos agora, em março, mas ele disse: “eu estava pensando em gravar semana que vem!”. E fez sentido. Na verdade, eu já tinha muitas músicas escritas. Escolhi cinco delas, que eu achei que seriam perfeitas para um EP, e tudo foi se encaixando.

Apesar da quantidade de trabalho ter triplicado, o processo passou de forma quase despercebida, por incrível que pareça. Vários amigos meus vieram ao estúdio. Nós tivemos um timing perfeito em dezembro, próximo do Natal e ano novo, porque todo mundo estava na cidade.
Todos os meus amigos vieram e puderam contribuir e tocar algo para o EP. Foi um verdadeiro esforço coletivo… eu não poderia estar mais empolgado com o resultado. Eu realmente quero que as pessoas saibam que esse é um trabalho que faço com muita paixão.
Além disso, tenho intenções claras de continuar com essa banda enquanto estiver no Paramore.

Você anunciou o EP com a canção “French Class” e fez sua estreia como diretor no clipe. O que te inspirou a fazer isso?
Meu amigo Tony [Woodland], de Nashville, já fez alguns shows com a gente. Ele participa de um outro clipe, onde toca bongo, e ele é muito bom ator. Além disso, ele ama a câmera.
Eu o convidei para participar do clipe de “Know The Feeling”, que foi o primeiro single lançado do “Sudden Feeling”. Ele apareceu e todo mundo ficou encantado – era simplesmente mágico. Então, eu falei: “no próximo clipe que eu fizer, quero dirigí-lo e quero que ele esteja patinando durante as filmagens”. Ele é um patinador incrível. Na verdade, esse era o conceito; o clipe saiu exatamente como eu queria!

HalfNoise tem uma estética visual muito forte – quão importante é esse elemento para o projeto?
É basicamente tudo. Eu amo músicas e filmes retrô. Eu amo fotografia. Quando eu estava gravando o álbum com o Paramore, eu fiquei em Los Angeles por um mês e documentei toda a viagem e como era estar na Califórnia.
Sou uma pessoa muito visual. É muito importante. Quando você escuta a música novamente, ou quando assiste o clipe, você consegue enxergar um outro lado dela na sua cabeça. Você pensa nas cores e no visual quando ouve aquela música. Isso é o que eu sempre amei sobre vídeos e obras de arte.
Desde o início da HalfNoise eu procuro estar sempre com a mão na massa quando se trata de arte. Seja tirando uma foto, ou fazendo as artes. Eu gosto de, no mínimo, coordenar tudo. A ideia é que o aspecto visual intensifique a música.

O que as pessoas podem esperar do EP “The Velvet Face”?
Esse EP é como se fosse um pequeno álbum para mim. Existem muitos elementos e dimensões presentes nele. É algo bastante profundo e eu espero que as pessoas também possam sentir o mesmo.

Eu tenho a sensação que a primeira música é uma das mais alegres de todas. O refrão da canção surgiu como uma piada, enquanto estávamos gravando o álbum do Paramore, e eu prometi para eles que iria escrever uma música baseada nessa piada! Na verdade, das músicas que já escrevi, essa é uma das minhas favoritas, porque além de representar um lado do EP, ela também reflete a minha personalidade. Eu gosto de fazer as pessoas rirem; é uma das minhas coisas favoritas.

Dito isso, o The Velvet Face também tem a canção “As U Wave” que, pessoalmente, foi uma das mais difíceis que eu já escrevi. Na mesma linha, “The Velvet Face” é sobre um término de relacionamento e uma desilusão amorosa que eu passei. Esses dois mundos coexistem nesse EP. São as canções mais profundas que eu já escrevi, tanto que foi até difícil de cantar no estúdio.

Eu realmente dei tudo de mim nesse EP. Eu me olhei no espelho e senti o meu lado alegre e, ao mesmo tempo, também vi toda a dor e tristeza que eu passei com os términos de relacionamento. Eu acredito que, estranhamente, esse trabalho seja uma espécie de autorretrato.

Quais são suas expectativas para o lançamento?
O EP já está ganhando bastante atenção e recebendo bons feedbacks mesmo antes do lançamento! É muito legal! Eu acredito que um dos principais objetivos desse EP é mostrar um outro lado da HalfNoise. No Sudden Feeling nós usamos muita bateria eletrônica e sintetizadores, ele é bem anos 80. Na época desse EP eu estava ouvindo álbuns antigos como The Velvet Underground, The Kinks, The Beatles… eu amo como as músicas daquela época eram muito diretas. Você consegue ouvir na hora. São muito fáceis de digerir. Eu tenho a sensação de que, hoje em dia, se a música não for extremamente alta, e ficar martelando na sua cabeça, ela será muito densa. Eu queria simplificar.

Eu também estou muito empolgado porque as pessoas vão poder ouvir mais músicas da HalfNoise. Eu não sei quando eu vou poder voltar a gravar novamente, por conta dos trabalhos do Paramore. Eu espero que o EP alcance muitas pessoas.
Definitivamente coloquei toda minha alma e coração nesse EP, mesmo sem saber se eu ainda teria forças depois de passar um ano gravando com o Paramore, fazendo turnês e tudo mais. É um trabalho muito especial para mim. Eu espero que as pessoas também consigam criar uma relação com ele.

Com o álbum do Paramore prestes a sair, como você irá equilibrar os dois projetos?
HalfNoise nunca foi de fazer muitas turnês. Eu amo sair em turnês, amo tocar e eu vou continuar fazendo isso em tempo integral. Mas, se não eu tivesse tido a oportunidade que eu tive com o Paramore, eu não sei se teria o privilégio de continuar trabalhando com música e fazendo shows. A consolidação é demorada. Até agora, HalfNoise e Paramore coexistiram muito bem… tenho uma boa equipe que me ajuda bastante. Isso não seria possível se eu estivesse fazendo tudo sozinho. A chave é ter uma boa infraestrutura.

Como tem sido tocar no Paramore de novo?
Na HalfNoise há momentos que eu toco bateria nos shows, mas, na maior parte do tempo, eu estou cantando e performando como vocalista. Eu comecei a tocar bateria aos nove anos e aos treze já estava tocando nos shows do Paramore. É algo que eu sempre fiz.
É incrível e, ao mesmo tempo, muito estranho, mas é tão familiar que a adaptação foi muito rápida… como se fosse uma grande parte de mim. A maioria das pessoas não tem uma segunda chance em amizades, muito menos em uma carreira para trabalhar com música.

Como foi acompanhar toda a empolgação em relação ao seu retorno à banda e o lançamento desse álbum?
É um pouco assustador! Nós queremos muito que as pessoas gostem do álbum… eu não tenho dúvidas que elas vão amar. De todos os álbuns que eu já fiz parte com essa banda, esse é definitivamente o meu favorito. Os fãs de Paramore são uns dos mais dedicados e incríveis, essa empolgação é como eles sempre foram desde o começo. É maravilhoso que eles ainda nos acompanhem e sejam tão apaixonados.

E agora, o que está por vir?
Está tudo pronto. Nós só estamos alinhando a logística de quando lançar e tudo mais. Com a HalfNoise sou só eu e mais dois empresários e nós trabalhamos muito próximos.
Já Paramore é uma banda conhecida mundialmente. Têm muitos chefs na cozinha e resolver tudo isso é complicado… o objetivo é lançar ainda esse ano, mas eu não posso confirmar nada. Mesmo se a gente já tivesse divulgado uma data de lançamento, as coisas mudam muito. Mas o álbum está pronto.

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One Reply to “Novos álbuns, duas bandas e muita coragem! Zac Farro fala sobre os planos e desafios de sua carreira”

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