A vocalista do Paramore revelou para a Entertainment Weekly algumas novas inspirações que lhe ajudaram na composição da sua profunda estreia na carreira solo, o Petals for Armor.

A coluna Musical Mood Board ainda conta como filmes, séries e obras de arte foram cruciais para que Hayley Williams pudesse observar mais o seu interior e começar uma busca pela sua feminilidade e de que forma isso transpareceu em seu primeiro álbum.

Ouça “Why We Ever”, quarta faixa que compõe o Petals for Armor II

1/ Anima de Thom Yorke

Uma das influências mais fortes de Hayley foi o álbum Anima (2019), de Thom Yorke, juntamente com o curta musical da Netflix dirigido por Paul Thomas Anderson. “Tem uma coreografia linda, uma iluminação incrível e, claro, as músicas… é Thom Yorke”, Williams explica. “Mas o álbum saiu e aquilo me lembrou que alguns dos meu artistas introspectivos favoritos ainda dançam e se mexem de varias formas diferentes e isso me fez ter uma vontade de lembrar movimentos e fazer com que meu corpo sentisse alguns ritmos novamente”.

Mesmo que as letras do Petals toquem em alguns pontos sombrios (como a batalha pela saúde mental e a sua separação com o ex-marido Chad Gilbert, da banda New Found Glory), Williams ainda quis fazer uma mistura de movimentos e flutuabilidade no álbum. “Eu acho que o começo da minha jornada na composição foi muito pesado, foi como se eu tivesse carregando dois baldes de cimento de cada lado, apenas tentando sobreviver a cada dia,” ela diz. “Quando consegui me livrar daquilo e soube o que tudo aquilo realmente era, eu acho que me senti mais leve. Eu me inspirei tanto em ritmos e percussões que precisava me lembrar disso tudo”

2/ “Mulheres Que Correm Com os Lobos” de Clarissa Pinkola Estés

O título do álbum, Petals for Armor, é uma referência em encontrar força na feminilidade. Enquanto escrevia, Williams diz que tentou mergulhar somente em histórias femininas (como a coleção de contos populares de Estés).

“Foi uma surpresa para mim”, ela diz “Minha vida é sempre rodeada de homens. Eu trabalho com homens o tempo todo e uma amiga minha me indicou esse livro que acabou fazendo eu me sentir menos sozinha. Ele [o livro] explora os tipos de mulheres que são repletas de vida e são criaturas terrestres selvagens como lobos que também são animais de carga.”

Para Williams, que tem tocado e gravado com uma banda formada por homens desde a sua adolescência, sair em carreira solo foi uma desculpa para explorar a mulher selvagem que está no seu interior. “É uma daquelas coisas que já estão difundidas porque [eu pensava que] precisava ser mais forte,” ela diz. “E, na minha mente, depois de sair em turnê em todos aqueles anos, nada me parecia ser feminino, mas na verdade eu acho que não tinha nada mais feminino que aquilo”.

3/ The Handmaid’s Tale (O conto da Aia)

O single inicial “Simmer” foi uma das primeiras músicas que Hayley compôs para o álbum. Ela diz que enquanto escrevia a letra, ela se lembrava de quando assistia The Handmaid’s Tale, Bird Box e A Justiceira (2018) “Cada coisa nojenta,” ela diz rindo. “Isso me fez lembrar de como pessoas poderosas, que antes eram chamadas de fracas, podem se tornar quando elas entendem do que são feitas. Eu amo esse tipo de personagem. Eu amo momentos de reviravolta. Eu apenas amo justiça, quer dizer, Handmaid’s Tale é obviamente algo muito pesado de assistir e me parece ser muito real em alguns momentos, mas assistindo aquilo, enquanto mulher, é uma experiência bem diferente.”.

5/ Frist Art Museum de Nashville

Williams fez a maior parte do Petals em Nahsville e, enquanto ela estava compondo com Joey Howard, baixista de turnê do Paramore, ele se mudou para o quarto do andar de baixo da casa de Hayley. “Ele ama museu de artes e eu também, então íamos muito no Frist, em Nashville.” ela diz. “Nós vimos uma exibição da Frida Kahlo e também uma exibição que eram vários artistas franceses durante o passar dos tempos. Nós fizemos isso no meu aniversário, quando eu fiz 30. Eu amo galerias de arte no geral e isso acabou afetando a composição do álbum, porque quando não estávamos compondo, Joey e eu passávamos muito tempo tentando ocupar nossas mentes com outras coisas”

6/ O seu cachorro, Alf

“Eu adotei o Alf quando ele tinha 11 semanas de idade. Eu criei ele, mas eu senti que foi ele quem me criou,” Williams diz, rindo. “Eu tinha 23 ou 24 quando adotei ele. Ele me mantém presente porque ele sempre está presente. Ele é tão feliz e sempre esteve em sintonia quando eu estive passando pelas mudanças da minha vida.”. Então o quão coerente Hayley é quando canta aquele verso em “Cinnamon” onde fala sobre vagar por sua casa e conversar com seu cachorro? “Eu realmente converso com ele!” ela insiste. “Eu não estou apenas sendo fofa na música. Ele é um dos meus terapeutas.”.

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