As atrações do Parahoy! apenas começaram, e o cruzeiro já entrou para a história. A equipe da Billboard está com um de seus representantes à bordo, e ele já está cheio de coisas incríveis pra contar. Abaixo, você lê o relato do primeiro dia de Parahoy!

“Quantos de vocês já estiveram em um cruzeiro antes?” Pergunta Tegan Quin, da dupla Tegan & Sara durante sua apresentação na noite de abertura do Parahoy!. Algumas mãos se levantaram em meio ao mar de jovens e adultos presentes.
“Quantos de vocês estão aqui pela primeira vez?”  Ela prossegue, desta vez  tendo uma resposta maior, como se ela estivesse perguntando quantos deles já foram à Warped Tour. Esse é o espírito no Parahoy!, produto de uma empresa de Atlanta, chamada Sixthman, que já promoveu cruzeiros com as bandas Kid Rock, 311 e Kiss. Na próxima temporada eles vão mais fundo no mercado dos “20 e poucos” anos de idade dedicados aos fãs de Florida Georgia Line e para o DJ Diplo, da gravadora Mad Decent. A média de iniciantes é de 70%  no Parahoy! ou talvez mais.

É meu primeiro cruzeiro também e eu não sei o que esperar de tantos adolescentes, pais e pessoas entre 20 e 30 anos de idade espalhadas pelo navio. Essas pessoas podem não beber como os passageiros da semana anterior no cruzeiro do Kid Rock, mas  isso assegurou ao Paramore, Tegan & Sara, New Found Glory e outros artistas uma boa vinda em sua primeira noite.

Depois de algumas instruções de segurança obrigatória às 15h,  os tripulantes pularam para dentro do navio correndo, como se o sinal da escola no fim de aula estivesse soando. O Paramore estava preparado para o primeiro de dois grandes shows no cruzeiro, e os malucos fãs que ficaram na parte mais próxima ao palco sabem que é uma corrida pra ver quem consegue ficar com o premiado território. Mas relativamente falando, é difícil que haja um lugar ruim aos arredores do deck da piscina, e a multidão pôde se espalhar entre o espaço ao nível do palco e os níveis superiores.

O Paramore não estava para brincadeira. Com seu membro fundador original – a comandante Hayley Williams – liderando, ela gritou “Quero ouvir um ‘SIM’!”, e os aplausos começaram, e a energia típica dela fluiu pelo deck quase tão livremente quanto álcool. A letra de “Daydreaming” poderia ser facilmente trocada para “Daydrinking all the time”.

Quatro músicas depois, “That’s What You Get” colocou todos a pular de maneira fervorosa, bem como no restante do show, enquanto o sexteto (com um impressionante ou potencialmente desnecessário ‘terceiro guitarrista’) se movia devagar durante “When It Rains” e “The Only Exception”, e depois de maneira frenética em “Fast In My Car”, fechando com “Misery Business”.

Houve também alguns pontos interessantes de serem analisados. A banda tocou algumas músicas de seu álbum de estreia, “Emergency” e “Pressure”, além de uma b-side do novo álbum autointitulado, chamada “Escape Route”. Geralmente eles não deixariam músicas como “Crushcrushcrush” ou “Still Into You” de fora, mas vale lembrar que há um outro show vindo por aí no domingo, nas Bahamas.

Mais tarde, Tegan & Sara e New Found Glory mostraram que são bandas dignas de elogios. Às 21:30h, no palco ao lado da piscina, Tegan & Sara desbravaram as tempestuosas águas do Atlântico (enquanto Tegan vestia um casaco de botões), e dançavam aos som de seu fantástico álbum lançado em 2013, “Heartthrob”. A bateria, guitarra e baixo entraram de maneira deslumbrante, com um toque orgânico em músicas mais folk, como “Back In Your Head”, e “Walking With A Ghost”, que tornaram tudo acolhedor e aconchegante.

Para equilibrar com o indie-pop feminino, New Found Glory entrou com seu pop-punk trazendo hits antigos que foram sucesso na MTV, além de covers muito bem escolhidos no palco coberto, por volta das 22:30h. A banda aproveitou a oportunidade para tocar seu cover mais “cafeinado” de “My Heart Will Go On”, sucesso de Celine Dion, juntamente com “Iris”, do Goo Goo Dolls e “Kiss Me”, da Sixpence None The Richer, sucessos já conhecidos por estarem em seu álbum de covers de trilhas sonoras de filmes. Eles ainda não adicionaram um segundo guitarrista (Steve Klein, guitarrista original da banda, saiu dela no ano passado), mas mesmo assim foi difícil que houvesse algum momento de calmaria, já que Chad Gilbert mandou alguns memoráveis riffs e mini-solos bem ao estilo pop-punk. Ian Grushka, o baixista, está com barba agora. Já o cantor Jordan Pundik parece envelhecer graciosamente, e até lembrou um pouco o Morissey, com seu moicano raspado dos lados.

Além dos artistas, notei a plateia ao meu redor. À primeira vista, eram vários esquisitões de cabelo tingido, além de mães e pais, mas a diversidade foi ainda mais longe. Quando se reuniram no lounge para as performances noturnas, isso ficou claro. Eles escreveram seus nomes e de onde vieram num adesivo, colando-os em um mapa enorme, marcando suas terras-natais; América do Sul, Leste Europeu, Escandinávia, Austrália e Nova Zelândia foram totalmente preenchidos, mais de uma vez. Uma adorável senhora de Windsor, Ontário – Canadá me ofereceu um saquinho de doces que logo identifiquei como sendo “Canadian Smarties” (que têm uns chocolates dentro), além de “Thrills”, que tem um gosto (intencional) de sabão.

O resultado? Pop-punk e rock alternativo juntos, num navio cheio de pessoas de todos os cantos, fora de seus quartos e lojas para uma (rara) viagem em direção ao sol, e mesmo que esse cruzeiro não seja como o de Kid Rock, ele vai estar cheio de vibrações positivas.

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