Desde o título do álbum até as gravações presentes em ‘Good Grief’ e ‘Descansos’, nada passa desapercebido aos fãs que escutam ao FLOWERS for VASES / descansos, segundo trabalho solo de Hayley.

No Twitter, a cantora tirou um tempo para fazer uma sessão de perguntas e respostas, revelando muitas curiosidades sobre o processo de criação do álbum, em adição às perguntas já respondidas pelo produtor Daniel James.

Nelas, Hayley falou também sobre o Paramore, e disse não ter a intenção de lançar um novo álbum solo antes de um novo lançamento da banda! Quando será que vem aí? Quais são suas apostas?

Leia abaixo o Q&A traduzido! 

Pergunta: Dan mencionou que você incorporou sua casa nas músicas. Por que isso foi importante para você?
RespostaAntes de mais nada, obrigada por reconhecer o @canonbluemusic – Dan me ajudou DEMAIS a tornar esse álbum possível. foi importante usar a casa como uma protagonista porque foi nela que desenvolvi o trabalho mais pesado em relação a mim mesma de toda a minha vida. ela encapsula uma era.

Pergunta: Quais foram as músicas que fizeram você pensar ‘foda-se, vou fazer um álbum?’
Resposta: gostei dessa pergunta. Provavelmente foi quando escrevi o segundo verso de Find Me Here… atualmente, é minha música favorita do álbum.

P: Você pode falar sobre as vozes em Good Grief e Descansos?
R: São de fitas em VHS do meu primeiro Halloween… você pode ouvir minha bisavó cantando para mim no final de Good Grief.

P: O que te ajudou a aprender a tocar todos esses instrumentos? Tenho tentado aprender a tocar violão mas está sendo muito difícil, tenho mãos pequenas!
R: Eu nunca pensei em ser uma grande instrumentista… mas eu gosto de tocar algumas coisas de ouvido (não tenho paciência para a teoria). a verdadeira resposta para sua pergunta é: tempo. minhas mãos são pequenas também! se as pontas dos seus dedos doem, você está chegando lá.

P: Quais músicas você está ansiosa para tocar para nós nas turnês? Over Those Hills vai ser muito divertida
R: Turnê… o que é isso??! (brincadeira) honestamente, tem muitas músicas que mal posso esperar para ouvir sendo cantadas de volta para mim. Estou mais ansiosa para ouvir como serão as próximas músicas do Paramore.

P: Quais foram os seus momentos de maior orgulho enquanto compositora?
R: definitivamente as partes no piano improvisadas em HYD… é o mais perto que irei chegar de algo que faz com que eu me sinta como quando escuto Bill Evans ou Nils Frahm, que eu amo. (não estou nem perto)

P: Quais foram as músicas que influenciaram Just A Lover? Tenho tentado descobrir há semanas mas não consigo.
R:essa música percorreu um longo caminho. quando comecei, eu estava no piano… não sei, provavelmente tentando ser o Thom Yorke. mas quando escrevi a ponta eu estava me inspirando nas minhas influências emo como Sunny Day Real Estate. Queria que minha bateria fosse melhor, eu queria umas vibes do Failure.

P: Quando você lançou o PFA, você já planejava lançar novas músicas?
R: Absolutamente não haha. Eu realmente pensei que minha carreira solo seria só isso, mas a quarentena faz as pessoas fazerem coisas doidas. Eu fiz um álbum.

P: Você pode contar por que escolheu Descansos como parte do título e se ela tinha letras ou se nasceu como uma música instrumental?
R:Eu realmente queria chamar o álbum de “descansos” mas encontrei uma lista de compras nas notas do meu iPhone e o último item dela era “flores para vasos”. A história é: eu preciso aprender a não me segurar a coisas mortas. então joguei fora todas as coisas mortas, substituí por coisas vivas.

P: Você teve que aprender a tocar um novo instrumento para o álbum ou você já tinha experiência com todos eles?
R:Eu não montava meu kit de bateria há mais de uma década. Eu não tocava há muito tempo!! A bateria foi meu primeiro instrumento. Então sinto que sempre inspira a minha escrita. Mas tocar/gravar a bateria para o álbum é outra coisa.

P: Você tem alguma dica para escrever linhas de baixo?
R: Me sinto louca em admitir tudo isso mas eu sinceramente improvisei nesse álbum porque eu nunca gravei o baixo para nada na minha vida… minha dica seria nãaaao fazer isso. Eu toquei muito o baixo exclusivo do Justin Meldal-Johnsen [produtor do Paramore], que coube melhor nas minhas mãos do que o P-Bass que geralmente usamos.

P: O significado de alguma das músicas mudou com o tempo/conforme você escrevia?
R: absolutamente. sempre mudam! porque a vida continua acontecendo… Inordinary mudou de significado enquanto eu escrevia. e você pode perceber a forma como o contexto muda do primeiro para o segundo verso. é minha coisa favorita.

P: O título de alguma das músicas mudou?

R:Boa visãoooo. BITB é, na verdade, Descansos. costumava ter letras… o nome era “Baby In The Bathtub” (Bebê na Banheira). mas ultimamente, tenho amado música mais do que palavras e decidi usar isso em um álbum no qual “coloco coisas para descansar”.

P: Quais foram as bandas/artistas que você ouviu durante a criação do ffv?
R: muita Jessica Pratt (na verdade, por todo 2020) e meu amigo Louis Prince.

P: Você vai se envolver mais na escrita instrumental do Paramore agora?
R:Eu não diria que não me envolvia antes mas que crescemos tocando juntos e aprendendo (e reaprendendo) a escrever juntos. Eles são meus músicos favoritos no mundo. Estou animada para ver como nossa escrita irá crescer no próximo projeto.

P: Você acha que criar um projeto sozinha te ajudou a crescer como artista?
R: Definitivamente. Me senti fora da zona de conforto às vezes mas só assim é que crescemos… muito grata por ter esse álbum para demonstrar isso.

P: Além de música, algo mais te inspirou com o Flowers For Vases?
R:Sim: terapia, ter que tomar medicação quando eu estava triste e só me sentia sem esperança…, estar sozinha e não poder fazer “meu trabalho”; muito tempo em minhas mãos, Mulheres Que Correm Com Os Lobos (ainda é meu livro favorito depois de todos esses anos)

P: Como foi o processo de gravar em casa? Você acha que isso influenciou no resultado final? Você gostou mais do que trabalhar em estúdio?
R: Minha casa é muito antiga… é bem rangente e barulhenta (meio assustador, mas eu amo isso). tivemos alguns problemas técnicos e em alguns casos eu só sorri e aceitei isso. acho que isso tudo adiciona algo ao espírito do álbum. pelo menos, em minha humilde opinião.

P: Pintar o cabelo de laranja coincidiu com a criação do álbum?
RNa verdade, não! Eu só me senti pronta. Eu sempre soube que em algum ponto eu ia me sentir um pouco mais corajosa e voltaria para o vermelho. O cabelo é um indicador para tantas coisas. É aqui que eu menciono a goodDYEyoung e falo da minha companhia como uma boba.

P: Tem alguma música que você não conseguiria tocar ao vivo? Nós sabemos como o álbum é emocional.
R: Você consegue me imaginar tocando essas músicas sozinha? O maior pedal de todos os tempos… todos conectados a coisas diferentes. De veredade, não tem uma música que eu não tocaria para as pessoas.

P: Qual foi a inspiração por trás da capa do álbum?
R: Eu sonho muito com água; afogamentos e coisas violentas no geral (por favor, não sinta pena de mim, estou bem). Sonhei com isso ontem! Acho que a capa faz um bom trabalho em servir “DRAMA” mas é só minha estúpida banheira na quarentena lol

P: Como você criou o solo de guitarra de Over Those Hills? Ou foi improvisado? Como guitarrista, é um solo legal de tocar.
R: ah muito obrigada! Digo… é o único solo que já escrevi. Me faz rir que jornais como @GuitarWorld estejam escrevendo sobre meu solo. Todas as guitarras foram gravadas diretamente e depois editadas porque eu gosto de criar a partir do som fibroso original.

P: Você escreveu mais músicas para o ffv que não entraram para o álbum? Se sim, você pretende usá-las em um futuro projeto solo ou em um álbum do Paramore?
R: tenho outras músicas, sim. mas não estou planejando outro álbum solo. e eu não sei se seriam boas músicas para o Paramore. eu estou pronta para o próximo álbum do Paramore. vamos.

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