Hayley Williams abre as portas de sua casa (e do coração) em nova entrevista para a i-D
Se tem uma coisa que a gente ama, é quando a Hayley resolve abrir o baú de memórias e compartilhar momentos íntimos com os fãs. E foi exatamente isso que aconteceu. Em uma conversa super descontraída com a revista i-D, a vocalista falou sobre o lançamento do seu novo photobook, intitulado simplesmente “HAYLEY”.
O livro é fruto de uma colaboração com o fotógrafo e stylist Phoenix Johnson, reunindo cliques feitos na casa da Hayley entre 2018 e 2019 (sim, bem no meio daquela montanha-russa emocional que foi a era After Laughter).
As fotos mostram uma Hayley “sem filtros”, relaxada e redescobrindo o que significa se sentir em casa. Na entrevista, ela fala sobre decoração, sua obsessão por Gilmore Girls, amadurecimento e aquela saudade de um tempo onde tudo o que ela queria era ouvir funk em vinil e acreditar no amor de novo.
E claro que a gente traduziu o papo completo para vocês. Pega o café (ou o chá) e vem ler:

Introdução da i-D:
“Phoenix Johnson construiu sua carreira fazendo retratos íntimos parecerem grandiosos. Ele foca frequentemente nos pontos delicados do corpo: a nuca, o olhar direto, o arco do pé (ele já fotografou para Sandy Liang, Loewe, Marc Jacobs e Playboy).
Em seu novo photobook HAYLEY, Johnson tem o foco perfeito em uma das maiores rockstars do mundo: Hayley Williams, do Paramore. O livro, publicado pela Friends Edition e Post Atlantic, é uma verdadeira colaboração entre artistas. Fotografado na casa de Williams entre 2018 e 2019, o projeto notável apresenta uma superestrela à vontade e sem máscaras. Williams parou para conversar e dar sua visão dos bastidores sobre o livro.”
i-D: Me conte sobre a inspiração para o livro.
Hayley Williams: O Phoenix estava sempre tirando ótimas fotos de bastidores (BTS) com a câmera analógica dele durante o ciclo do After Laughter. Ele estava cuidando do nosso styling naquela época, então, durante as provas de roupa, ele muitas vezes tirava fotos extras minhas que poderíamos arquivar ou usar para qualquer coisa. A casa em que morei durante grande parte daquela temporada é muito especial para mim. Quando percebi que tinha escrito uma música sobre essa era específica da minha vida, perguntei se ele poderia resgatar essas fotos e compilá-las para mim — e isso virou um livro.
Como você e o Phoenix se conheceram?
Conheci o Phoenix na casa do Taylor [York], enquanto fazíamos uma prova de roupas para a sessão de fotos do álbum After Laughter. O Zac [Farro] já tinha trabalhado um pouco com ele no projeto HalfNoise e achou que ele se encaixaria bem, e foi o que aconteceu. Eu me diverti muito vestindo roupas naquele ano porque foi a primeira vez que trabalhamos com alguém que amava designers de moda independentes e peças vintage. Na verdade, é por causa dele que comecei a colecionar camisetas de bandas vintage raras.
Eu sei que essas fotos são de 2018-2019, como você se sente olhando para essas imagens hoje? O que mudou?
Cara, tudo o que essa garota queria era um gin floral, música funk no vinil e sexo que a fizesse acreditar no amor novamente. Não mudou muita coisa. Eu só bebo muito menos!
E falando mais sério, sou muito grata por ter documentado esse momento da minha vida. Particularmente as fotos onde consigo perceber que me sentia em casa comigo mesma. Eu estava muito presente no meu corpo pela primeira vez na minha vida adulta.

Em que você pensa quando pensa em “lar”?
Nos rostos das pessoas que realmente me conhecem e que me dão um choque de realidade quando preciso.
Como era o seu primeiro apartamento?
Tinha um pôster do Henry Rollins acima da lareira desativada. Uma varanda para sentar com minha colega de quarto Hannah, que era uma amiga do ensino médio, enquanto ela fumava e reclamava da faculdade. Eu dormia em um futon da Big Lots (descanse em paz), que eu sustento ser o lugar mais confortável que já dormi. O sofá vermelho na sala tinha uma cama embutida para que amigos de bandas que estivessem passando pela cidade pudessem dormir.
Você costuma mudar as coisas de lugar com frequência ou é alguém que gosta de manter tudo igual?
Quando viajo muito, gosto de voltar para a familiaridade. É como colocar Gilmore Girls pela centésima vez e saber o mapa de Stars Hollow de cor. A arte pode mudar, os detalhes evoluem, mas Deus me livre de topar com o dedinho no meio da noite na perna de ferro de um banquinho que decidi mover por capricho.

Você tem alguma relíquia de família?
Sim, mas não muitas. A minha favorita é uma colcha de retalhos feita por uma das minhas tataravós. Quando eu era muito nova e ganhei da minha avó, eu não entendia nada e joguei na máquina de lavar. Aquele cobertor sobreviveu a muita coisa, mas nada tão traumático quanto o século 21.
Pode me falar sobre o leopardo?
Não era um leopardo de verdade.

O livro HAYLEY já está disponível no site oficial hayleywilliams.net. E aí, quem mais ficou com o coração quentinho lendo isso?
Paramore Brasil
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