A revista Rock Sound trouxe Hayley Williams como destaque da edição de número 216, e, em entrevista ao redator Ryan Bird, Hayley Williams falou sobre a importância da representatividade feminina no mundo do rock, e discutiu o empoderamento das mulheres que optaram por resistir às criticas machistas que diziam que este não era um mundo para elas.

Em um novo trecho, divulgado pelo jornal Belfast Telegraph, nossa vocalista favorita comenta as dificuldades enfrentadas por ela ao tentar se encaixar em uma banda formada somente por garotos, e que se apresentava em um cenário predominantemente masculino. Confira, abaixo, o que foi dito:

A cantora Hayley Williams se sentiu extremamente orgulhosa quando viu garotas tentando copiar seu estilo.

A vocalista do Paramore, Hayley Williams, costumava pensar que as pessoas não a levariam a sério caso ela se “parecesse com uma garota”.

A estrela de 27 anos modificou sua aparência ao longo dos anos, usando diferentes cores vívidas no cabelo e roupas ousadas. Como cresceu ao lado de garotos, demorou um pouco para que Hayley conseguisse abraçar seu “lado feminino”, e ela admite que era cautelosa, porque se preocupava com o que as pessoas pensariam dela.

“Eu usava as mesmas camisetas que os garotos usavam, ou os mesmos sapatos… eu me sentia desconfortável com a ideia de “ficar de fora”. Eu pensava que qualquer tentativa de me parecer com uma garota faria com que as pessoas não me levassem a sério, e esta era uma perspectiva errada e deformada, uma ideia muito ruim para uma pessoa jovem.”

Depois de ser questionada pelo ex-guitarrista Josh sobre os motivos pelos quais largou as roupas que costumava usar quando era mais nova, Hayley percebeu que precisava ser mais “expressiva” com seus looks. Assim que o álbum Riot! saiu, a estrela apareceu com três cores no cabelo e uma “maquiagem doida”, que fizeram com que os fãs começassem a copiá-la.

“Quando comecei a ver garotas nos shows que pintavam os cabelos e coisas assim, significou muito para mim,” ela sorri. “Fez com que eu me sentisse muito melhor comigo mesma, e também com que eu não me preocupasse com o que as pessoas pensariam sobre quem eu realmente sou.”

Tudo isso levou Hayley à criação de sua própria linha de tintas para cabelo, a goodDYEyoung. Uma cor particularmente brilhante foi nomeada “Riot!”, em homenagem ao estilo que ela usava durante o lançamento do álbum.

Confira, aqui, outros trechos da entrevista para a Rock Sound.

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7 Replies to “Hayley Williams fala sobre as dificuldades enfrentadas por mulheres no cenário do rock”

  1. Desde que me lembre de escutar rock desde os tempos de infância,nunca mas nunca proferi comentários contra a presença das mulheres na música rock ,nunca pensei nessa situação como algo de negativo. Tem uma outra questão, o gênero musical que predomina nos Estados unidos é a música Pop porque é o gênero que mais admiradores tem nas terras do tio sam. O fato de não haver muitas mulheres no cenário rock pode não ter a ver com um suposto machismo mas sim com uma questão de maior identificação das mulheres americanas com a música pop.

  2. ” discutiu o empoderamento das mulheres que optaram por resistir às criticas machistas que diziam que este não era um mundo para elas.” Essa forçação de barra pra tentar fazer a Hayley parecer feminista não é legal. A Hayley em momento NENHUM falou que houve machismo, aquilo era um RECEIO que ela tinha de que TALVEZ as pessoas ACHASSEM que é estranho, não que tenha acontecido, ou que ela se quer tenha ouvido pessoas dizendo isso. A Hayley não gosta de ficar fazendo vitimismo ou coitadismo, ela é uma mulher forte e não depende de movimento feminista e muito menos se auto intitula membro disso, principalmente quando se observa a crença religiosa de Hayley que é incompatível com as pautas feministas.

    1. Aqui vemos claramente um exemplo de pessoa que não conhece o movimento.
      Hayley pode até não ter declarado ser feminista, mas ela é sim um exemplo do qual faz muitas mulheres terem orgulho do que são. Ela empoderada, ela é resistência, ela é força, igualmente como o movimento feminista.

  3. Paramore, apesar de ser categorizada como rock, faz parte de um subgênero em que o sexismo nunca foi tão profundo quanto em outros, como metal ou punk puro. A banda viajou pelo pop-rock e, gostem ou não, emo até o segundo álbum, sendo que nesse último chegou a ser difícil categorizar como rock, pois foi pro lado alternativo e leve da coisa, tendo sido até espantoso ter ganho um prêmio de melhor canção de rock no Grammy. Por não ser uma banda que ficou muito tempo parada em um estilo só, mudando a sonoridade a cada álbum e fugindo consideravelmente do rock com o passar dos anos, juntando com as participações que a Hayley fez, como com Zedd e Bob, ela se distanciou muito da categoria “mulher do rock”. Se você acha que não gosto da banda pelo que foi dito, está enganado… Tenho todos os álbuns, incluindo cópia física original. Finalizando, acho que Lzzy Hale da Halestorm e a vocalista do The Pretty Reckless se encaixariam melhor nessa definição.

    1. Não concordo muito com o que você falou, pois o rock é muito vasto e tem vários sub-gêneros e derivados, hoje o Paramore vai numa linha new wave, synthpop, eletropop, que são sub-gêneros eletrônicos do rock, e queira quer não ela é uma mulher do rock sim, pois ela faz parte desse universo, infelizmente o pessoal aqui no Brasil não entende [ou não conhece mesmo] muito a ideologia eletrônica e sintética do rock e acabam não considerando como tal por falta de esclarecimento, aconselho ao pessoal mais novo a escutarem a banda Harry de Johnny Hansen [faleceu recentemente], o cara é um dos pais do rock eletrônico no Brasil, aconselho a darem olhada nas entrevistas com ele, o cara entendia muito da cena eletrônica do rock mundial, era um dos poucos no Brasil com conhecimento de causa.

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