Recentemente, Hayley Williams conversou com o New York City Monthly  e comentou sobre o começo do Paramore no CBGB, os motivos que levaram a banda a fazer shows em locais menores e o que é sentir a doce vitória de um Grammy.  Confira a matéria completa traduzida:

Paramoremsg

A banda Paramore, formada em Franklin no Tennessee, há 10 anos, mesmo após algumas mudanças, ainda existe como um trio composto pela corajosa vocalista de cabelos cor de fogo Hayley Williams, ao lado do guitarrista Taylor York e o baixista Jeremy Davis.

O quarto álbum autointitulado Paramore lançado em 2013 foi o primeiro álbum da banda a estrear em primeiro lugar na parada Billboard 200 e esse ano eles ganharam seu primeiro Grammy com o single “Ain’t it Fun,” (Melhor Música de Rock), um novo estilo pop-rock contagiante que derrubou algumas das melhores bandas de rock da atualidade. Conquistas à parte, Paramore tem desfrutado de longevidade ao crescer com seus fãs e produzir músicas enquanto mantém o foco na música e aproveitam cada momento. No período de abril a maio, Paramore embarcou em uma íntima série de shows chamada “Writing The Future“, em teatros norte americanos ao invés de estádios e arenas, para que assim os fãs pudessem realmente se conectar à música e à banda.

É um passo ousado, em um mundo em que existe playback e bailarinos, mas o Paramore jamais usaria esses artifícios, mesmo que saibamos que eles certamente lotariam o Madison Square Garden (e já fizeram) ou Barclays. A noite do dia 06/5, no Beacon Theatre, será especial quando a banda começar a tocar músicas que tocam o coração – ou os hinos como “Misery Business”, “Crushcrushcrush” e “Ignorance” que, facilmente, preencheriam espaços amplos, músicas como “Hallelujah”, “When It Rains”, “The Only Exception” e “Still Into You”, se conectariam com as pessoas em locais mais pequenos. Hayley Williams, acompanhada de sua personalidade genuína, conversou com o New York City Monthly sobre o começo do Paramore no CBGB, os motivos que levaram a banda a fazer shows menores e o que é sentir a doce vitória de um Grammy.

NYCM: O Grammy já não é mais novidade para vocês, pois o Paramore foi indicado como Artista Revelação em 2008, depois disso, vocês foram reconhecidos quatro vezes, até receberam o troféu esse ano de Melhor Música de Rock com “Ain’t it Fun”. Eu imagino que grande parte desse sucesso se deva aos seus fãs, mas qual a sensação de ser reconhecido pela indústria ao ganhar com seu maior sucesso até agora? ? Vocês ainda desbancaram estrelas do Rock como Ryan Adams, The Black Keys, Jack White e o ganhador do Melhor Álbum, Beck – e são todos incríveis.

Hayley: Antes de qualquer coisa, ser indicado a essa categoria foi surreal. Nós estávamos muito extasiados. É um bônus enorme ganhar um Grammy no decorrer de nossa carreira. Muitas pessoas não percebem que somos uma banda há 10 anos e isso está perfeitamente bem por mim! Ficamos super felizes em ser apontados como a banda favorita de alguém, algum dia. Porém, as pessoas que estão conosco durante esse tempo todo são toda a validação que precisamos. É por isso que eu digo que receber esse prêmio é um bônus. Sem mencionar que o fato de ser por “Ain’t it Fun”, tornou tudo ainda mais doce.

NYCM: Paramore já tocou várias vezes em Nova Iorque ao longo dos anos – Central Park, Madison Square Garden, Hammerstein Ballroom e vocês foram atração principal do Bamboozle anos atrás em Meadowlands. Você tem algum momento particular em Nova Iorque que se destaca na sua carreira ?

Hayley: Nós tocamos o pior show de nossas vidas no CBGB. Aparentemente, Tom Pretty estava lá, mas duvido que ele se recorde… A não ser que nós realmente fomos péssimos. Eu tinha 16 anos, nosso primeiro álbum recém havia sido lançado e eu lembro de me sentir como se não soubesse o que estava fazendo. A única coisa que importava é que estávamos tocando no CBGB. E isso significa muito mais para mim agora, que acabou.

NYCM: “Writing The Future” é uma turnê na primavera, o que torna os shows ainda mais íntimos, como o clima que um teatro nos passa. Por que a banda optou por mil assentos ao invés de dezenas de milhares em uma arena, nesse momento da carreira?  Isso torna o show muito especial para os fãs, nesta fase da sua carreira, no qual os fãs não precisam de binóculos para vê-los.

Hayley: Honestamente? Nós sentíamos falta disso. Nada se compara a shows em teatros, especialmente se vocês são os únicos no palco. Talvez seja um passo um tanto egoísta de nossa parte? Eu não sei! Eu estou mais animada do que nunca para estar lá e tocar. O que queríamos era criar um momento com nossos fãs que representa essa era da nossa carreira e nossas respectivas vidas. Acho que colocar a cortina de fundo certa é um dos fatores mais importantes. Nós realmente não poderíamos apresentar-nos dessa forma se estivéssemos em arenas ou estádios como os que tocamos durante a maior parte do ciclo deste álbum. Eu não preciso me projetar tanto, como faço quando estou tentando alcançar todas as pessoas que estão na plateia dos grandes locais, inclusive as do fundo. É muito divertido para mim e eu sempre gosto de aparecer um pouco… mas sinto que é o momento certo de fazer algo diferente. Como um encontro com um pouco mais de conversação.

NYCM: Uma causa que eu acho que o Paramore abraça é de não se levar tão a sério – e acho que isso se torna mais um dos motivos do sucesso de vocês. As pessoas podem levar vocês como referência, pois vocês se arriscam, se divertem e não têm medo de ser diferente. Ao longo de suas carreiras, quais foram os riscos mais gratificantes até o momento?

Hayley: Melhor elogio que poderíamos receber! Obrigada. O maior risco até o momento foi o nosso álbum autointitulado. Consequentemente, a maior recompensa também foi o álbum. É realmente uma prova para mim de que, na vida, algo que vale a pena, requer riscos. Compor uma música cuja batida é bem diferente do usual para o Paramore, pareceu realmente arriscado quando fizemos, mas  era o que estávamos sentindo então seguimos em frente. BAM! Primeiro lugar no top 10. Primeiro Grammy. E nem me lembre da sensação que é ouvir a plateia entoando “Don’t go cryin’ to yo’ mama” nos shows.

NYCM: Você fez uma participação solo em músicas incríveis de outros artistas. Você acha que sua voz em “Stay The Night” de Zedd e “Airplanes” do B.o.B ajudaram a definir o cenário para o Paramore ter ainda mais sucesso com o maior hit pop da banda “Ain’t it Fun”, sem mencionar o hit “Still Into You”?

Hayley: Eu definitivamente acho que isso ajudou para que minha voz ficasse mais reconhecível de modo que quando tivemos as nossas próprias músicas, nós já éramos um pouco mais próximos a esse público. Hits para rádio são complicados! Você pode acabar tornando-se desconhecido, uma canção sem nome que as pessoas cantam sem saber com quem estão cantando. Eu nunca quis ser assim e foi em função disso que acredito que o Paramore foi um trunfo diante das duas músicas em que eu fiz participação. Sendo “a garota do Paramore” me deu uma identidade ou, por outro lado, eu poderia apenas ter sido uma cantora. Para ser honesta, é muito mais interessante ter sucesso no rádio como uma banda, pois nós compomos as nossas músicas. Nós não recebemos músicas prontas e misturamos com algo para que fique parecido com a banda. Essas músicas – “Ain’t it Fun”, “Still Into You” e cada uma delas são nossas vidas. Eu me sinto feliz em saber que nunca comprometemos nada para chegarmos onde estamos hoje.

NYCM: Você pode dar uma pista para os fãs saberem o que torna “Writing The Future” tão especial? Quando vocês se apresentaram no Central Park, haviam luzes, tinha um set e  foi intensamente energético. Você fará algo diferente, duetos ou covers exclusivos nesse set mais íntimo? Podemos esperar alguma instrumentação diferente ou arranjos diferentes em músicas específicas?

Hayley: O show no Central Park foi muito divertido, eu lembro bem. Mas nós somos uma banda ao vivo completamente diferente agora do que éramos naquela época.  De uma maneira boa… Eu realmente acredito. Eu acho que estamos no nosso melhor momento e eu espero que as sutilezas de tudo isso não se percam, até mesmo os nossos fãs mais casuais. Eu acho que será mais fácil mostrarmos quem realmente somos durante “Writing The Future”. Esses shows não serão algo para o Paramore simplesmente “aparecer”, mas sim, uma forma de sairmos juntos à noite para curtirmos música.

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